Escrever em francês pode ser um desafio, especialmente quando se trata de determinar o gênero das palavras. Muitas vezes, nos deparamos com situações em que pensamos que uma palavra é masculina, mas na verdade é feminina. Neste artigo, vamos explorar os padrões de gênero das palavras em francês e como podemos identificá-los corretamente.
Gêneros em Francês
Assim como em português, o francês possui apenas dois gêneros: masculino e feminino. No entanto, os gêneros em francês nem sempre são iguais aos gêneros em português, o que pode gerar confusão. É importante compreender os padrões de terminação das palavras em francês, pois eles podem nos ajudar a determinar corretamente o gênero.
Padrões de Gênero
Vamos começar examinando os padrões de gênero para palavras masculinas em francês. Um padrão importante é que a maioria das palavras terminadas em “age” são masculinas, como “voyage” (viagem) e “pourcentage” (porcentagem). No entanto, é importante ressaltar que esses padrões não são regras absolutas, mas sim guias que podem nos ajudar na maioria dos casos.
Por outro lado, existem padrões para determinar palavras femininas em francês. Por exemplo, palavras terminadas em “tion”, como “combinaison” (combinação) e “éducation” (educação), são femininas. Além disso, palavras terminadas em “ance” ou “ence”, como “apparence” (aparência) e “conscience” (consciência), também são geralmente femininas.
Exceções
Apesar dos padrões, existem palavras em francês que fogem dessas regras. Muitas vezes, isso ocorre devido à etimologia da palavra ou às escolhas feitas pelos falantes nativos da língua. É interessante observar que algumas palavras têm a mesma origem, mas diferentes gêneros em línguas românicas, como francês, italiano, português e espanhol.
Aqui estão algumas palavras que possuem gêneros diferentes em francês e português:
Palavras masculinas em francês e femininas em português:
le stylo (a caneta)
le doute (a dúvida)
le ballon (a bola)
Palavras femininas em francês e masculinas em português:
la mer (o mar)
la banque (o banco)
la planète (o planeta)
Memorização e Prática
Memorizar os gêneros das palavras em francês pode ser desafiador, mas existem algumas estratégias que podem ajudar. Você pode criar flashcards com palavras masculinas e femininas e praticar repetidamente. Também é útil ler bastante em francês e observar o gênero das palavras. Escrever textos e pedir para que um professor os corrija também é uma ótima forma de aprender.
Lembre-se de prestar atenção nas palavras enquanto lê e tente lembrar dos padrões que mencionamos ao escrever. A prática constante e a repetição vão fazer com que você acerte cada vez mais o gênero das palavras em francês. Estude, repita e esteja atento a essas palavras em suas leituras.
Conclusão
Determinar o gênero das palavras em francês pode ser desafiador, mas com conhecimento dos padrões de terminação e prática, você pode se tornar mais confiante nessa habilidade. Lembre-se de que os padrões não são regras absolutas, mas podem ser úteis na maioria dos casos. A repetição e o estudo constante são fundamentais para memorizar corretamente o gênero das palavras em francês.
Estude francês para o CACD de forma efetiva, desde as primeiras lições. Inscreva-se em nosso curso Passeport pour la diplomatie.
Recentemente, nos deparamos com uma situação que há muitos anos não acontecia aqui no Estude Idiomas: alunos pedindo para que atribuíssemos notas em seus simulados de idiomas.
Trabalho com a preparação para o CACD há mais de 10 anos e, no início da minha trajetória, eu caí nessa armadilha. Após algumas péssimas experiências, acabei desistindo de atribuir notas. Esse fato consta, inclusive, em nossos termos de uso dos simulados:
5. A correção não é exatamente como a da banca: não é atribuída pontuação, apenas corrigimos os seus erros e comentamos o que pode ser feito para você melhorar, indicando sugestões e links — de diversos sites — para que você possa reforçar os pontos deficitários.
Mas o que aconteceu? Vou explicar como funciona a atribuição de notas pela banca do concurso, relatar um pouco da minha experiência com o tópico e, ao final, contar o que me fez desistir de uma vez por todas de atribuir pontuação aos simulados.
Como funciona a atribuição de notas nas provas de idiomas
Com certeza você já conhece bem o edital, então, vou resumir como as notas são distribuídas, para não tomar o seu tempo.
As provas de francês e espanhol seguem juntas, cada uma composta por uma questão de versão e outra de resumo. No total, são quatro questões, cada uma valendo 25 pontos, totalizando 100 pontos disponíveis, com 50 pontos atribuídos a cada idioma.
As respostas são avaliadas com base em dois critérios distintos. Para o resumo, são considerados a “capacidade de síntese e concisão” (CSC), com pontuação máxima de 10 pontos, e a “correção gramatical e propriedade de linguagem” (CGPL), com máximo de 15 pontos. Para a versão, o primeiro critério é a “fidelidade” (FID), seguido pelo CGPL, mantendo a distribuição de pontuação semelhante.
O segundo critério é bem objetivo: a cada erro cometido, o candidato tem 0,5 ponto descontado em seu resumo e 0,35 ponto na versão. O grande problema é o primeiro critério: o que seria um texto ao qual se pode atribuir 9 pontos e outro ao qual se atribuiria apenas 7? Não há nada que esclareça essa atribuição no edital.
Nos últimos anos, venho tentado descobrir, analisando os diversos espelhos de prova que recebo de alunos e candidatos que buscam possibilidades de recursos. Textos com uma extensão semelhante, com informações bem parecidas, recebem notas diferentes. Por quê? Simplesmente, é impossível saber.
Em 2023, ano em que tivemos duas correções por falha do próprio IADES, esse componente subjetivo da correção ficou ainda mais claro: o mesmo resumo de um candidato alcançou 8,5 pontos de CSC na primeira correção e, na segunda, 6,5. O que levou a essa disparidade na pontuação? Não sabemos.
Um pouco da minha experiência
Quando corrigia as atividades dos alunos, atribuindo notas, eu passava por essa mesma situação. Não sabia quanto atribuir, porque não havia (e ainda não há) um critério objetivo que eu pudesse seguir. Quando recebia textos diferentes de um mesmo exercício (por exemplo, 4 resumos do Simulado 23), eu fazia comparações entre os exercícios dos alunos e utilizava o que eu considerava o melhor e o pior textos como parâmetros. E quando recebia um único simulado (por exemplo, apenas um resumo do Simulado 27)? Que parâmetro deveria utilizar para efetuar a correção?
Isso gerava muitos questionamentos por parte dos alunos. Eles se sentiam incomodados por terem alcançado 6 pontos no simulado 30, e 8 pontos no Simulado 29. O questionamento, extremamente válido, era o seguinte: por que o aluno tinha perdido 2 pontos de um simulado para o outro? Eu não sabia explicar. E isso começou a me incomodar também, porque percebi que era uma nota subjetiva, que dependia de fatores externos e não da própria produção do aluno.
Na obra Rápido e devagar, do Nobel Daniel Kahneman, há um estudo que analisa as decisões de diversos juízes. Esse estudo apontou que as decisões tomadas antes do horário do almoço eram muito mais rígidas que as decisões tomadas após a pausa para a refeição.
“Os participantes inadvertidos do estudo eram oito juízes de condicional em Israel. Eles passam dias inteiros revisando pedidos de condicional. Os casos são apresentados em ordem aleatória, e os juízes dedicam pouco tempo a cada um, numa média de seis minutos […]. (O tempo exato de cada decisão é registrado, e os períodos dos três intervalos para refeição dos juízes – a pausa da manhã, o almoço e o lanche da tarde – durante o dia também são registrados). Os autores do estudo fizeram um gráfico da proporção de pedidos aprovados em relação ao tempo desde a última pausa para refeição […]. Durante as duas horas, mais ou menos, até a refeição seguinte dos juízes, a taxa de aprovação cai regularmente, até chegar perto de zero pouco antes da refeição […]. A melhor explicação possível dos dados é uma má notícia: juízes cansados e com fome tendem a incorrer na mais fácil posição […] de negar os pedidos de condicional. Tanto o cansaço como a fome provavelmente desempenham um papel.”
Após a leitura do livro, que recomendo muito, por sinal, percebi que isso pode funcionar também para as notas do concurso. Um avaliador de mau-humor ou com fome, pode atribuir notas baixas. Em outra situação, com os ânimos apaziguados, esse mesmo avaliador pode distribuir notas mais altas, já que o critério é subjetivo.
O mesmo acontece com o critério FID, a fidelidade da versão. Como dizer que uma versão é mais fiel que a outra, se não há um critério definido? Eu tenho certeza que, se fizéssemos um experimento, teríamos notas diferentes para um mesmo texto em momentos diferentes. Acredito que até mesmo a letra do candidato possa influenciar o resultado.
A gota d’água
Há alguns anos, aconteceu um fato que podemos caracterizar de modo eufêmico como “muito chato”. Foi isso que me fez desistir de uma vez por todas de atribuir notas aos simulados.
O crescente incômodo que eu sentia em atribuir notas subjetivas aos alunos, sem conseguir explicar ao certo o motivo, só aumentou quando um aluno, que tinha feito a terceira fase do concurso, me acusou de tê-lo enganado. Como ele poderia ter tirado uma nota tão baixa na prova se nos simulados ele alcançava uma boa pontuação?
Eu não sabia, mas ele esperava que os simulados fossem uma reprodução quase exata da prova, incluindo a nota. É preciso levar em conta o nosso próprio cansaço após uma maratona de provas. A de francês é, literalmente, a última prova do concurso. Como ele nutria a expectativa de ter, durante o exame, o mesmo desempenho dos simulados, momento em que ele estava mais descansado e menos ansioso?
Além disso, não é possível prever o nível de dificuldade da prova. Desde 2017, a prova se apresenta de diferentes formas, com textos fáceis, difíceis, mais curtos e mais longos. Enfim… há tantos outros pontos para se analisar… O fato é que não se pode esperar ter o mesmo resultado em dois momentos tão distintos.
Por esse motivo, para que os alunos não passem mais por isso, resolvi focar no que considero mais importante: a diminuição do número de erros dos simulados. Com essa nova estratégia, obtive excelentes resultados e nenhum aluno aprovado exigiu a atribuição da nota.
A (des)importância da nota e no que devemos focar instead
As notas dos simulados, segundo minha experiência, dificilmente conseguem mostrar a evolução do aluno. Um simulado com nota 32 e um simulado com nota 27 podem conter os mesmos erros. A diferença pode estar apenas na atribuição das notas subjetivas (CSC e FID). Como já vimos, esses critérios são pouco confiáveis.
Mas, se as notas não são importantes, no que deveríamos focar? Em diminuir o número de erros! Devemos observar quais são os nossos vícios de escrita, as nossas principais dificuldades e os nossos deslizes mais frequentes. Dessa forma, evoluiremos muito mais rapidamente.
Os três principais erros dos candidatos, por mais incrível que pareça, são os erros básicos. São eles que roubam a nossa pontuação, o que chamo de tríade dos erros: ortografia, acentuação e concordância. Com esse novo foco, podemos esquecer da nota e desenvolver estratégias que aumentem a nossa pontuação no critério que podemos controlar, a correção gramatical.
Uma das estratégias utilizadas pelos meus alunos, relatadas, inclusive, nos mais recentes depoimentos das aprovadas, foi o de criar um caderno de erros e revisar os simulados anteriores antes de entregar um novo. Assim, era possível observar os deslizes que ainda aconteciam e o que era necessário aprender para melhorar a escrita.
Para o exercício de versão, ler textos em francês (literários e jornalísticos), visando aumentar o vocabulário, é o principal recurso utilizado pelos meus alunos para aumentar o desempenho nessa atividade. Esse contato constante com o idioma, para além dos simulados e do curso, é fundamental.
Então, caso você deseje, de fato, evoluir em sua escrita em francês, espanhol ou até mesmo inglês, minha sugestão é desapegar-se das notas e focar nos erros cometidos, em compreender as ações que precisam ser executadas para escrever melhor.
Entendo que este seja um movimento muito difícil, pois fomos acostumados, por anos a fio, a sermos avaliados quantitativamente (geralmente com um número enganoso) e não qualitativamente, entendendo em que pontos precisamos melhorar e o que devemos estudar para evoluir.
Se você deseja experimentar uma nova abordagem na correção de simulados, aproveite para se inscrever em nossos simulados.
Um mito comum sobre a preparação para o Concurso de Diplomata é a crença de que é preciso falar francês fluentemente para obter uma ótima pontuação na prova e conquistar uma vaga. No entanto, isso não é verdade. Você não precisa falar francês fluentemente para ter um bom desempenho na prova. Na verdade, as únicas habilidades necessárias são a leitura e a escrita. A prova não exige que você escute ou fale francês. Portanto, não se preocupe em atingir a fluência, concentre-se em desenvolver suas habilidades de leitura e escrita.
A preparação de longo prazo
É verdade que a preparação para o Concurso de Diplomata é um processo de longo prazo. A média de tempo de preparação entre os aprovados é de quatro anos. No entanto, isso não significa que você precise estudar por exatamente quatro anos. O tempo de preparação varia de acordo com o ritmo de estudo de cada pessoa. Alguns candidatos conseguem passar em um ou dois anos, enquanto outros levam mais tempo. O importante é dedicar-se ao estudo de forma focada e constante para aumentar suas chances de aprovação.
A importância do diploma de proficiência
Contrariando o que muitos acreditam, não é necessário ter um diploma de proficiência para se preparar para o Concurso de Diplomata. O nível de proficiência exigido é B1, mas isso não significa que você precise fazer um curso preparatório ou alcançar um determinado nível. O foco deve estar no desenvolvimento das habilidades necessárias para a prova, como a leitura e a escrita. O formato do exame de proficiência é diferente do formato da prova do concurso, portanto, não é necessário estudar para o exame específico.
O mito do intercâmbio
Muitas pessoas acreditam que fazer um intercâmbio acelerará o aprendizado do francês e, consequentemente, a preparação para o Concurso de Diplomata. No entanto, essa crença pode ser o contrário da realidade. Embora seja uma experiência maravilhosa, um intercâmbio envolve muito mais do que apenas estudo. A adaptação, fazer amigos e outras distrações podem afetar a qualidade do seu estudo. Portanto, um intercâmbio não acelerará sua aprovação. Foque em estudar o que é necessário para a prova.
Acelerando a aprendizagem com cursos focados
É verdade que cursos focados no Concurso de Diplomata podem acelerar sua aprovação. Estudar francês desde o início com foco na preparação para o concurso permitirá que você aprenda o idioma mais rapidamente do que alguém que está fazendo um curso regular ou até mesmo alguém que fez um intercâmbio. Os objetivos e as estratégias de estudo são diferentes. Começar com um curso focado permitirá que você desenvolva uma base sólida no idioma em termos de vocabulário e gramática, que são essenciais para uma boa escrita e para a realização dos exercícios da prova. Portanto, se você deseja acelerar sua aprovação, um curso focado é altamente recomendado.
Estes são os cinco mitos e verdades sobre a preparação para o Concurso de Diplomata. Lembre-se de que não é necessário falar francês fluentemente, a preparação é de longo prazo, não é preciso ter um diploma de proficiência, um intercâmbio não acelerará sua aprovação e cursos focados podem acelerar sua aprovação. Dedicar-se ao estudo focado nas habilidades necessárias para a prova é a chave para o sucesso no Concurso de Diplomata.
Está procurando uma preparação completa de Francês para o CACD? Do nível básico ao avançado?
Quando eu era criança, ainda na quarta série, resumo para mim era selecionar as partes principais do texto e copiá-las em meu caderno, uma após a outra. Quando entregava a atividade, a professora aceitava e me atribuía um boa nota. Passei anos acreditando que o resumo funcionava assim.
Já próximo do Ensino Médio, no ápice do meu autodidatismo, quando comecei a estudar assuntos diferentes com mais afinco, entendi que o que fazia não era um resumo. Era, no máximo, uma curadoria de trechos do texto original.
Para transformar a seleção de frases em resumo, deveria reescrevê-las com minhas próprias palavras e conectá-las de forma lógica. Como toda habilidade nova, levei um tempo para aprendê-la, não foi fácil abandonar a cópia e, no início, ainda colava algumas sentenças do original em minha produção, tentando disfarçá-las em meio a outras informações.
A prática de selecionar o que era fundamental nos textos que resumia me ajudou muito nesta nova fase. No entanto, devo confessar que a tarefa mais ingrata não era escolher os elementos que estariam em meu resumo, mas aqueles que não estariam.
Deixando de fora o que não é importante
Baseado no relato de dezenas de alunos, creio que esta seja a principal dificuldade: deixar de lado o que você não considera digno de compor o seu texto. Logo surge uma pergunta: “E se esta informação for importante e eu não percebi?”
É uma sensação normal, porque toda escolha implica um abandono. Ao escolher um determinado elemento, deixo de escolher outros. Essa impressão nos persegue não apenas na hora de resumir um texto, mas também em nosso dia a dia. Você fez a ótima escolha de ler este artigo, o que significa necessariamente que não está lendo outros.
Como professor há tantos anos, tive a oportunidade de ler centenas – por que não dizer milhares? – de produções de alunos, incluindo resumos de um mesmo texto. É interessante perceber que a seleção de um aluno pode ser bem diferente da de outro. E isso não significa que um está certo e que o outro não está.
Então, não se preocupe, os elementos selecionados por você serão sempre diferentes dos meus ou de outros alunos. É claro que existem informações essenciais que precisam estar em nossos textos, apesar das diferenças, mas eu tenho certeza que não deve ser difícil entender quais são.
Quando você compreende bem o texto, os elementos de base devem aparecer facilmente. Se você me permitir uma dica, eu diria para você prestar atenção ao início e ao fim dos parágrafos, é bem provável que as ideias principais morem por lá.
E o que você pode deixar de fora sem medo?
Citações diretas;
Exemplos;
Dados estatísticos; e
Ideias repetidas.
Antes de sair por aí eliminando essas informações de seu resumo, é preciso perceber se elas são essenciais ou não para a compreensão do texto. Em textos que analisam a evolução do desmatamento da Amazônia ou que têm como assunto principal os indicadores de inflação, os dados estatísticos são essenciais, pois estes serão, muito provavelmente, o foco da produção.
O resumo já começa na leitura
Não leia o texto integralmente para começar a resumir. O resumo já pode começar durante a leitura. Sublinhe as ideias principais de cada parágrafo e, ao lado, às margens da folha, escreva frases curtas que resumam o seu conteúdo.
Dessa forma, quando for iniciar o seu texto de fato, não precisará ler e reler o original, basta voltar o olhar para o que você sublinhou e para as suas anotações. Você vai economizar muito tempo e já terá uma ótima noção do que gostaria de incluir em seu resumo.
De preferência, as suas notas não serão uma cópia do texto, mas escritas com as suas próprias palavras. Nem tudo o que você sublinhou ou anotou precisa estar em sua produção. Antes de iniciar a escrita, você deve decidir o que vai e o que fica.
Iniciando o texto
Uma dúvida comum é: “como iniciar o meu resumo?”. Existem, basicamente, duas formas:
Fingir que o texto original não existe e iniciar diretamente pelas informações, sem citar título ou autor;
Mostrar, desde o início, que o texto que você está escrevendo é um resumo do original, citando título e autor.
Vou deixar aqui um exemplo para as duas formas:
Texto originalL’élection américaine de tous les dangers
Julien Brygo
Salle comble ce dimanche 29 octobre 2023 à l’église Long Branch de Greenville, quatrième agglomération urbaine de Caroline du Sud. Costume noir, chemise blanche et cravate rose, M. Sean Dogan rejoint l’estrade, déjà occupée par une chorale à six voix, deux pianistes et un batteur. « On a besoin de cinq ou six volontaires, merci pour votre aide. » Pasteur de cette Église évangélique baptiste, il invite sur scène une membre du Conseil national des femmes noires (National Council of Negro Women, NCNW). « Nous sommes une organisation nationale cherchant à promouvoir l’éducation, l’entrepreneuriat, la stabilité économique… En ce moment, on fait campagne pour que les gens s’inscrivent sur les listes électorales. »
L’oratrice sonde le public : « Qui parmi vous est inscrit ? » La grande majorité des 402 fidèles (400 Noirs, 2 Blancs) lève la main. « Très bien, maintenant, qui va voter ? » Même résultat. « C’est ce qu’on aime voir. Venez nous voir, parlez-en autour de vous. Faites que votre voix soit entendue en novembre ! » L’oratrice donne un chèque au pasteur pour soutenir l’Église, dit avoir « hâte d’entendre [son] sermon », puis redescend les marches. Un an sépare ce dimanche d’automne de l’élection présidentielle de novembre 2024, lors de laquelle on prévoit déjà que vont s’affronter MM. Joseph Biden et Donald Trump, dans un remake de 2020.
La Caroline du Sud est un État majoritairement baptiste, mais il y a les Églises que fréquentent les Noirs et celles que fréquentent les Blancs. Les baptistes blancs votent presque tous rouge (républicain) ; les Noirs, presque tous bleu (démocrate). Dans les Églises comme celle de M. Dogan, on met souvent l’accent sur la meilleure façon de s’accommoder de l’injustice, l’importance d’observer un bon « mode de vie », la nécessité de garder espoir. Cet État fait partie de ceux où la proportion d’Afro-Américains est l’une des plus élevées du pays : 26 % de la population.
Le Monde Diplomatique, janvier 2024
Início de resumo 1 (foco apenas nas informações)
Lors d’un rassemblement dans une église évangélique baptiste à Greenville, en Caroline du Sud, le pasteur Sean Dogan accueille une représentante du Conseil national des femmes noires pour sensibiliser les fidèles à l’importance de s’inscrire sur les listes électorales. La majorité des participants, principalement afro-américains, confirme être inscrits et prêts à voter. Il est noté que, en Caroline du Sud, il existe une division raciale et politique au sein des églises baptistes, les Afro-Américains votant généralement pour les démocrates et les Blancs pour les républicains. Cet État, ayant une population afro-américaine conséquente, se concentre dans ses églises sur la gestion de l’injustice, l’importance d’un bon mode de vie et le maintien de l’espoir, en anticipation de l’élection présidentielle américaine de novembre 2024.
Início de resumo 2 (retomando título, autor e fonte)
Cet article, écrit par Julien Brygo pour “Le Monde Diplomatique”, traite de la mobilisation politique dans une église évangélique baptiste à Greenville, Caroline du Sud, en préparation pour l’élection présidentielle américaine de novembre 2024. Lors d’un service religieux, Sean Dogan, le pasteur de l’église, invite une représentante du Conseil national des femmes noires à parler de l’importance de l’inscription sur les listes électorales. La majorité des fidèles présents, principalement Afro-Américains, confirme être inscrits et avoir l’intention de voter. L’article souligne la division raciale et politique au sein des églises baptistes en Caroline du Sud, où les Noirs tendent à voter démocrate (bleu) et les Blancs républicain (rouge). La Caroline du Sud, avec une population afro-américaine significative, met l’accent dans ses églises sur l’adaptation face à l’injustice, l’importance d’un bon mode de vie, et le maintien de l’espoir.
Nenhuma das duas precisa ser privilegiada, as duas formas estão corretas e você deve utilizar a que lhe transmitir mais segurança. Afinal, será você que fará a prova.
A vantagem da segunda forma é a de ser uma “fórmula”. Não é preciso pensar muito para construir a introdução do seu resumo, basta citar o título, o autor e a fonte em que o original foi publicado para dar o pontapé inicial em sua produção. É um ótimo elemento déclencheur.
Escrevendo com suas próprias palavras (a paráfrase)
O resumo deve ser um texto escrito com as suas palavras, mas com informações de outrem.
Para que isso aconteça, não basta saber selecionar as ideias principais do texto, mas saber reescrevê-las. É neste momento que entra um elemento fundamental: a habilidade de parafrasear.
Conhecer a gramática do francês e dominar um amplo vocabulário são indispensáveis para cumprirmos esta missão. Deixarei dois exemplos, baseados no texto que já apareceu neste artigo:
Phrase original 1
La Caroline du Sud est un État majoritairement baptiste, mais il y a les Églises que fréquentent les Noirs et celles que fréquentent les Blancs.
Paraphrase1 (clique)
La plupart des habitants de la Caroline du Sud pratiquent la foi baptiste, mais les églises varient entre celles fréquentées par la communauté noire et celles par la communauté blanche.
Phrase original 2
Dans les Églises comme celle de M. Dogan, on met souvent l’accent sur la meilleure façon de s’accommoder de l’injustice, l’importance d’observer un bon « mode de vie », la nécessité de garder espoir.
Paraphrase 2 (clique)
Dans les lieux de culte tels que celui de M. Dogan, l’accent est fréquemment mis sur la manière optimale de faire face à l’injustice, l’importance de suivre un mode de vie exemplaire, et la nécessité de maintenir une attitude optimiste.
Como você construiria uma paráfrase para a frase a seguir? Deixe sua versão nos comentários.
Cet État fait partie de ceux où la proportion d’Afro-Américains est l’une des plus élevées du pays : 26 % de la population.
Conectando as ideias
Bem… mas do que adianta selecionar bem as ideias do texto, iniciar o texto de forma adequada e construir boas paráfrases se as ideias não estiverem bem conectadas?
Para esta tarefa, você deve conhecer bem os conectivos, incluindo as famosas conjunções. São eles que darão a coesão necessária ao seu resumo. É claro que você não deve abusar de seu uso, para não deixar o texto tão pesado e não deixar o leitor com sensação de que ele não é capaz de estabelecer determinadas conexões.
No padrão de respostas da prova de francês do CACD 2023, confesso que achei o uso de conectivos exagerado. Deixei-os em negrito, para que você mesmo possa contá-los:
Pour de nombreux observateurs, les super-plateformes ont acquis un pouvoir démesuré qui s’assimile à celui des États. Des pays comme la France et le Danemark ont d’ailleurs nommé des “ambassadeurs pour les questions numériques”. Mais cela démontre avant tout l’importance que prend le numérique pour la diplomatie des nations. Si de grandes puissances économiques sont déjà entrées en concurrence avec les États au cours des siècles passés, les super-plateformes semblent, quant à elles, posséder des pouvoirs quasi régaliens, mais seulement à première vue. Tout d’abord, elles proposent des services de paiement et Facebook voudrait créer une cryptomonnaie privée. Par contre, aucune de ces plateformes ne frappe monnaie. En ce qui concerne le pouvoir de police, les plateformes peuvent contrôler le contenu qui est publié par leurs utilisateurs, mais seules les institutions étatiques peuvent sanctionner les contenus illégaux. Les mécanismes de modération des contenus sont encore limités et représentent surtout une réaction à la lenteur des systèmes judiciaires des États. Pour ce qui est des impôts, les plateformes n’en prélèvent pas, mais l’optimisation fiscale qu’elles pratiquent a obligé les États à négocier entre eux pour adapter le système fiscal international à la nouvelle ère numérique et, en juin 2021, ils ont déterminé l’instauration d’un impôt minimal pour les multinationales de 15 % dans tous les pays où elles opèrent. Enfin, en matière de sécurité, les plateformes peuvent être considérées comme une menace et certains États décident de les bloquer ou de les limiter. D’ailleurs, des campagnes de désinformation peuvent y être lancées dans le but d’ébranler un gouvernement ou de s’immiscer dans le processus électoral. D’un autre côté, elles peuvent contribuer à la sécurité des États en aidant à contrôler les flux d’information. Il en découle que les super-plateformes ne possèdent pas vraiment de pouvoirs régaliens, néanmoins leur “pouvoir d’infrastructure” représente un défi pour les États. En effet, les plateformes ont construit leurs propres réseaux de câble sous-marins à l’échelle du monde et des centres de données qui leur permettent de stocker et traiter les informations, ce qui fait de celles-ci les principaux fournisseurs de l’informatique dématérialisée.
Finalizando o texto
Sobre a estrutura do resumo: ele não precisa ser escrito em apenas um parágrafo. Inclusive, não recomendo esta prática. O ideal, em minha opinião, é tentar escrevê-lo em 3 parágrafos, seguindo aquela velha fórmula de introdução, desenvolvimento e conclusão. O resumo, por se tratar de um texto independente, deverá ser um texto completo.
Para entender isso melhor, basta pensar na função que você vai representar como diplomata. Um dos seus trabalhos será resumir conteúdos longos e complexos para os seus superiores, para que eles não percam tempo lendo tudo o que você leu e que, mesmo assim, compreendam os pontos essenciais dos textos originais.
Agora, uma dica para a prova de francês: evite cometer erros de gramática no início e no final do texto. Por quê?
A introdução é quando o avaliador estabelece o primeiro contato com a sua produção, é a primeira impressão. Se você errar muito, ele tenderá a enxergar mais erros do que enxergaria normalmente.
A conclusão é a última chance que você tem de causar uma boa impressão. Você inicia bem o texto, comete poucos erros no desenvolvimento, mas, já cansado(a), faz o seu corretor trabalhar bastante. Ele (ou ela) vai pensar: “O texto estava indo tão bem… olha o estrago que ficou”.
Apesar de não ser da banca do concurso, já corrijo simulados há mais de 10 anos. Então, consigo entender melhor as sensações dos corretores.
Escrever um ótimo resumo não é uma tarefa fácil, ainda mais em francês, ainda mais para o concurso de diplomata. Entretanto, a prática deve fazer parte da sua rotina de estudos do idioma, para que escrever se torne cada vez mais fácil e natural.
Você já deu um excelente primeiro passo lendo este artigo. Aplicando as dicas que você viu aqui, pode ter certeza de que vai melhorar muito a qualidade de seus resumos.
E, se desejar praticar mais, conte comigo para ajudar neste caminho. Criei uma oficina de 1h30 para que você possa colocar em prática tudo o que aprendeu. É só clicar aqui para se inscrever.
Seguindo essas 5 dicas, sua escrita vai melhorar muito! O melhor de tudo é que elas funcionam tanto para o francês quanto para o inglês; é benefício em dobro.
1. Use a ordem direta
Le professeur a posé une question à l’élève. The teacher asked a question to the student.
2. Não abuse da voz passiva
Les devoirs ont été notés par le professeur. The papers were graded by the teacher.
Le professeur a noté les devoirs. The teacher graded the papers.
Le voleur a été arrêté par la police. The thief was arrested by the police.
3. Dê nome aos bois ou Seja menos vago
Quelques pays mènent des actions importantes pour le développement de la planète. Some countries are taking important actions for the development of the planet.
4. Crie estruturas paralelas
Il aime le vent et regarder des films. He loves the wind and watching movies.
5. Use determinantes diante de substantivos
Nous ne devons pas faire bruit. We should not make noise.
Nous ne devons pas faire de bruit. We should not make a noise.
Seja muito bem-vindo(a) ao estudo de idiomas! Eu sou Igor Barca, professor de francês e diretor da Escola Estude Idiomas. Aqui é uma escola virtual em que você pode aprender do conforto da sua casa o francês, o inglês, o espanhol e o alemão. Se você se interessa em estudar um desses idiomas, não deixe de conhecer o nosso site www.estudeidiomas.com.
Neste vídeo, vamos falar especificamente das quatro fases de estudo de francês para o concurso de diplomata. Então, se você se interessa por esse assunto, fique comigo até o final deste vídeo.
Fase 1: Primeiros Contatos com a Língua
A primeira fase é a dos primeiros contatos com a língua. É nessa fase que todos nós passamos, começando do zero. Você pode estar passando por essa fase agora, ainda não ter passado por ela ou já ter passado há algum tempo. Nessa fase, você começa a aprender a gramática básica, as primeiras palavras em francês e a ler textos simples. Também é possível escrever pequenos textos em francês. O objetivo dessa fase é construir uma base sólida para avançar nos estudos.
Fase 2: Reforço da Base
A segunda fase é o reforço da base. Nessa fase, você vai melhorar a sua gramática, expandir o seu vocabulário e começar a escrever pequenas redações. Aqui, você já vai aplicar o conhecimento adquirido na fase anterior. É importante continuar estudando gramática para evitar erros e dominar as concordâncias e ortografia básicas.
Fase 3: Simulados
A terceira fase é a dos simulados. Aqui, você vai continuar estudando gramática, mas o foco principal serão os simulados. Você vai praticar a versão e o resumo de textos, aumentando gradualmente o grau de dificuldade dos exercícios. O objetivo é evoluir no francês voltado para a prova do concurso.
Fase 4: Lapidação da Escrita
A quarta fase é a da lapidação da escrita. Nessa fase, você vai buscar melhorar o seu estilo de escrita, reduzindo o uso de palavras desnecessárias e utilizando estratégias para resumir e fazer versões de textos. O objetivo é aprimorar a sua escrita em língua francesa.
Fase 5: Prática Constante
Após passar pelas quatro fases, é importante manter a prática constante. A prática é fundamental para não esquecer o que foi aprendido. Recomenda-se resolver simulados regularmente, pelo menos uma vez por mês, para manter o conhecimento ativo.
Essas são as cinco fases do estudo de francês para o concurso de diplomata. Seguindo essa estratégia, você terá todas as ferramentas necessárias para dominar o idioma e obter uma excelente nota na prova.
Já conhece o nosso curso completo de francês para o CACD? Clique no botão abaixo para conhecer: